quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ana Felix Garjan - Arte Mundi XXI: ARTFORUM MUNDI PLANET

Sonhos por um mundo melhor


Sonho da noite azul, ao longo do largo horizonte nossos sonhos profundos podem se encontrar. Do outro lado da lua todos nossos sonhos podem se realizar. Tudo pode ser possível mas nem tudo será real. Vejo e sinto o luar em mim e as estrelas brilhantes são belas testemunhas dos sonhos realizados no outro lado da lua... Tudo é possível aqui - agora. [Ana Felix Garjan] 







Vamos abraçar a Terra? Vamos salvar o planeta?

Ana Felix Garjan - Arte Mundi XXI: ARTFORUM MUNDI PLANET XXI

sábado, 19 de abril de 2014

Homenagem a Gabriel García Márquez, falecido em 17 de abril de 2014

García Marques deixa um grande legado para a humanidade.
A literatura latino-americana perde seu mais importante escritor e represente: O escritor, poeta, pensador, jornalista, ativista e político colombiano, Gabriel Garcia Marques.

Ele nasceu em 7 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia, e faleceu no dia 17 de abril de 2014, Cidade do México, México, que tanto amava.

García Márques recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, o Prémio Rómulo Gallegos, e o Neustadt International Prize for Literature

Seu famoso livro 'O Amor nos Tempos do Cólera' virou filme.

Alguns pensamentos de García: 

 "A vida não é mais do que uma contínua sucessão de oportunidades para sobreviver".
 "A sabedoria é algo que quando nos bate à porta já não nos serve para nada".
 "Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo".
 "Te amo não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo".
 "Ter fama é muito agradável, mas a única coisa ruim é que ela dura 24 horas por dia".
 "Ninguém merece as tuas lágrimas, mas quem merecê-las não vai fazer você chorar".
 "O problema com o casamento é que ele termina todas as noites depois de fazer amor, e deve ser reconstruído a cada manhã antes do café".

Esse escritor latino já faz parte do futuro da literatura mundial.




      Último texto

      Uma oração

      Jorge Luis Borges
      Minha boca pronunciou e pronunciará, milhares de vezes e nos dois idiomas que me são íntimos, o pai-nosso, mas só em parte o entendo. Hoje de manhã, dia primeiro de julho de 1969, quero tentar uma oração que seja pessoal, não herdada. Sei que se trata de uma tarefa que exige uma sinceridade mais que humana. É evidente, em primeiro lugar, que me está vedado pedir. Pedir que não anoiteçam meus olhos seria loucura; sei de milhares de pessoas que vêem e que não são particularmente felizes, justas ou sábias. O processo do tempo é uma trama de efeitos e causas, de sorte que pedir qualquer mercê, por ínfima que seja, é pedir que se rompa um elo dessa trama de ferro, é pedir que já se tenha rompido. Ninguém merece tal milagre. Não posso suplicar que meus erros me sejam perdoados; o perdão é um ato alheio e só eu posso salvar-me. O perdão purifica o ofendido, não o ofensor, a quem quase não afeta. A liberdade de meu arbítrio é talvez ilusória, mas posso dar ou sonhar que dou. Posso dar a coragem, que não tenho; posso dar a esperança, que não está em mim; posso ensinar a vontade de aprender o que pouco sei ou entrevejo. Quero ser lembrado menos como poeta que como amigo; que alguém repita uma cadência de Dunbar ou de Frost ou do homem que viu à meia-noite a árvore que sangra, a Cruz, e pense que pela primeira vez a ouviu de meus lábios. O restante não me importa; espero que o esquecimento não demore. Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.

      Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.




    Algumas obras do autor:

    - Fervor de Buenos Aires
    - Lua de frente
    - Inquisições (renegado pelo autor)
    - O Aleph
    - Ficções
    - História Universal da infâmia
    - O informe de Brodie
    - O livro de areia
    - O livro dos seres imaginários
    - História da eternidade
    - Nova antologia pessoal
    - Prólogos
    - Discussão
    - Buda
    - Sete noites
    - Os conjurados
    - Um ensaio autobiográfico (com Norman Thomas di Giovanni)
    - Obras completas (4 volumes)
    - Elogio da sombra


    O poema acima foi extraído do livro "Elogio da Sombra", Editora Globo - Porto Alegre, 2001, pág. 75 (tradução: Carlos Nejar e Alfredo Jacques; revisão da tradução: Maria Carolina de Araújo e Jorge Schwartz).

Brasil, 20 de abril de 2014
Ana Felix Garjan
Cultura humanista-planetária